ZOV
Jul 2015
 
Afonso Pimentel
Afonso Pimentel
Começou por ser uma jovem promessa.

Mas em menos de nada deixou de ser jovem. E deixou de ser promessa. Passou a ser uma garantia e um talento adquirido no mundo da representação e da realização.
Tem 32 anos e mais de 18 de bagagem cultural.
Foi aos 14 que se estreou no grande ecrã, quase por acidente, e desde aí não parou mais. Mas o fascínio, esse, nunca foi o das luzes da ribalta - sem elas passa ele bem. O fascínio foi, desde sempre, o de ter uma câmara na mão e com ela captar a essência do mundo à sua volta. Editar, montar e, no fim, voilà, contar uma história.
Eis Afonso Pimentel, o criador de histórias.

Tudo começou quando tinha três ou quatro anos e lá em casa, à falta de uma câmara, improvisava-se cinema em caixas de gelatina.
Com o passar do tempo, as brincadeiras mudaram de forma mas nunca abdicou do desejo antigo de ter uma câmara de filmar. Ainda em criança quis participar num concurso de televisão ao lado do pai porque, imagine-se, o prémio podia ser uma câmara (!). Não ganharia, mas os pais lá lhe fizeram a vontade. "A partir daí foi a loucura", chegou a dizer numa entrevista.

Tinha 14 quando surgiu o casting para o filme de Luís Filipe Rocha, 'Adeus Pai'. "Deixa-me ir", terá pedido o jovem Afonso à mãe na altura. "Mesmo que não fique pode ser que me deixem assistir". Era esse o plano, e lá foi.
No final, não só foi o escolhido como, depois de protagonizar a película, foi reconhecido como Melhor Ator Jovem no Festival Internacional de Moscovo e, durante os anos que se seguiram, permaneceu como o pequeno Filipe que encantou a crítica na grande tela.

Estava descoberto um talento e, no imediato, seguiram-se os mais variados papéis, tanto no cinema como na televisão.
Aceitou uns, recusou outros. De Médico de Família a Amo-te Teresa, passando por A Minha Família é uma Animação, Ana e os Sete, Morangos com Açúcar ou Floribella, esteve presente enquanto adolescente e jovem adulto em variadas séries e novelas juvenis.
Mas não só. Seguiu-se o cinema, as curtas e longas-metragens, depois o regresso às telenovelas consumidas em massa.
Pelo meio, a representação pela voz, onde tem dado o tom a variadas campanhas  da Sagres Radler, Bpi, Yammi, Luso,Mini, Turismo de Portugal e spots publicitários,  tais como Isla, Nos, Jumbo, Studioline, Pepsi, Mercedes, Edp, Ctt, Banif. Fiat, KinderBueno, Huawei, Marshoping, Mini, entre outros.

Em 2007, com 25 anos, o seu papel no filme Coisa Ruim, de Tiago Guedes e Frederico Serra, fez com que fosse escolhido para representar Portugal no Shooting Stars do Festival de Berlim, que distingue as jovens revelações do cinema europeu.
Foi o reconhecimento merecido.
Depois disso participou em alguns dos melhores filmes feitos em Portugal nos últimos anos: '20,13', de Joaquim Leitão, Mistérios de Lisboa, As Linhas de Torres ou Os Gatos Não Têm Vertigens, que foi considerado o melhor de 2015 pela Academia Portuguesa de Cinema. Antes, outro filme, Bairro, tinha-lhe valido a nomeação na categoria de melhor ator secundário em 2014.

Certo é que  Afonso Pimentel nunca esqueceu a sua velha câmara e o seu desejo de contar histórias, fosse fazendo parte delas como protagonista fosse dirigindo os outros e fazendo de maestro.
Acabaria por se formar em Comunicação Digital na Universidade Católica e chegou a fazer um estágio de realização, mas hoje não tem dúvidas de que foi o filme Adeus Pai que fez a sua escola. Isso e os palcos que viria a pisar depois. Um em particular, o do Teatro Aberto.
Foi aí que, ao representar um jovem esquizofrénico em Demónios Menores, qual Edward Norton em Hollywood, testou todos os seus limites e pensou pela primeira vez que era aquilo que queria fazer - contar histórias, vivê-las para as contar.

Depois de muito trabalho, o papel do ator tornou-se a sua praia, a zona de conforto, enquanto o de realizador o seu desafio, a grande dose de responsabilidade. O desafio tem sido superado e valeu-lhe o reconhecimento da Academia Portuguesa de Cinema, que o distinguiu com o prémio Sophia de Melhor Curta Metragem de Ficção, com Encontradouro, uma história nos caminhos do Douro.
Com um percurso consistente, entre a televisão, o cinema, atrás ou à frente das câmaras, e a locução, fez-se ator, com c ou sem c, mas seguramente com todas as letras.
Um ator que adora realizar e que se completa e melhora a cada dia através da combinação das duas artes.
Na origem de tudo, a vontade de criar, de trabalhar ideias e conceitos, de pôr no concreto o que lhe flui no imaginário.


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