Há uns bons anos atrás, quando iniciava a minha carreira como actor, fiz um trabalho de publicidade que precisou de uma dobragem feita a quando da mistura de som. A coisa acabou por correr bem e o meu nome ficou referenciado entre os profissionais de publicidade como o de alguém com boas competências na área de locução. Foram as agências de publicidade - os criativos -, os primeiros a chamar-me com regularidade.

> Comecei pelas dobragens. Viram um espectáculo onde eu entrava, no Teatro da Comuna e convidaram-me para um casting. Foi com o saudoso António Semedo. Eu só pensava "está ali o Topo Giggio!" Era uma série da Pequena Sereia (mas loira e que arfava imenso!!!!). No dia do casting o António foi gravando, gravando, gravando e no fim disse "este episódio está feito! Agora marca com a produção os que faltam!" Isto (ainda) no tempo das bobinas! Ainda no século passado!

Não sei bem definir o meu registo - até porque tento não ficar preso a um só registo - mas, sem dúvida, dizem-me que a minha voz é peculiar e diferente.

Esforço-me para ser (re)conhecida por diferentes géneros.

Ao longo dos últimos anos tenho feito de tudo em locuções para publicidade. Desde interpretação a assinaturas. Penso que há sempre espaço para melhorar, mas não consigo definir um estilo ou género em que o pudesse fazer.

Ando a trabalhar o meu "in a world..." à la Don Lafontaine para poder substituí-lo.

Talvez nem toda a gente saiba, mas há já 5 anos que sou a voz do canal Biggs, o que me dá imenso gozo.

Que faço um espectacular arroz de polvo e que escrevi e interpretei um monólogo "Coragem Hoje, Abraços Amanhã" que foi nomeado Segundo Melhor Texto Escrito Para Teatro - Prémios SPA 2014

A primeira vez que assinei um filme para a Coca-Cola, há já mais de uma década. O filme era fantástico, um grupo de jovens a viver uma vida que qualquer jovem sonha para si. Eu, mais jovem na altura, fiquei honrado de ser a voz dessa mensagem de juventude.

Vários, felizmente! Ainda na semana passada, na Dizplay, na "rambóia" com o Rui Unas!

Um grupo de pessoas que fui conhecendo, respeitando e admirando. Sem dúvida que estão a fazer um trabalho de grande qualidade, com respeito por todos os intervenientes no processo de trabalho. Já não imagino este meio sem a Zov.

Para além da agência de voz com as miúdas mais giras de Lisboa? A agência de voz com as miúdas mais giras de Lisboa e o miúdo das rastas! ;)

Ser pai. É um trabalho a tempo inteiro.

Promover e pagar ao locutor!! ;)

Quando existem meios, a imagem pode nos surpreender e maravilhar. Mas a voz - só a voz - pode nos levar aos limites da imaginação. A voz pode hipnotizar.

Depende...Talvez a imagem. Se não te apanham pelos ouvidos, agarram-se pelos olhos!

Trabalhar em imensas outras coisas na área da representação que, de uma forma ou de outra, têm também a ver com o trabalho de voz.

Ui...É melhor sentarem-se...

É um personagem do reality show Big Brother? :)

Uma ferramenta. Um brinquedo.

A família, os amigos e os pequenos objectivos.

Quase tudo

Neste momento, acho que é a morte. Não só a minha, mas também a das pessoas que amo. Imaginamo-la tão longe e está sempre tão perto.

(O maior, nem o verbalizo)

Sou um pouco pessimista, acho eu. Em contrapartida, acho que sou generoso.

? Não saber responder a questionários. Não conseguir manter a seriedade! ;)

Melhor não dizer, para não ferir susceptibilidades...

Quase nada

Penso que, apesar de ir envelhecendo, a minha voz se mantém jovem. :)

Perto ou longe do microfone?

Quando comecei a trabalhar em locução havia muito poucos actores no meio. O trabalho era dominado pelas vozes da rádio. Penso que quem “rompeu” um pouco com isso e abriu caminho para o trabalho dos actores neste mercado foi o António Cordeiro. Ele é - e sempre será - para mim uma referência.

Mike Patton

Tinha isso anotado algures, mas já não me lembro.

Não muito bem... Também já foi no século passado! ;)

Gosto de assinar bons filmes de publicidade.

Bons scripts e divertidos, ou vozes calmas e sorridentes.

Os normais. Cuidados para não me constipar - o que pode implicar ficar rouco ou com voz anasalada - e uma visita ao otorrino uma vez por ano.

Não fumo e ando quase sempre com cachecóis e lenços giros. "Diz que" se não forem giros, não protege!

A vontade de viver coisas novas todos os dias.

O ar puro!

Nunca fui “apanhado” em nenhuma situação bizarra. Acho que tive sorte. :)

(Quase) partir a cana do nariz, contra o vidro da cabine, conta?!

Costumo sempre referir o “Vertigem Azul” do Luc Besson. A banda sonora do filme acompanha-me sempre em viagens de verão.

O meu som preferido é o silêncio de quando os meus filhos não andam aos berros.

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A profissão tem altos e baixos. Aproveita os altos e vive os baixos com tranquilidade.

Põe o teu filho a jogar futebol!

Vivi no Brasil dos 2 aos 9 anos e ainda falo brasileiro quando me dá para esse lado. :)

Do género... 6 dedos nos pés??! Lamento surpreender, mas não!